domingo, 15 de abril de 2001

As pombas, irrequietas



As pombas, irrequietas,
lançam as folhas de Outono ao ar
e debatem-se alegremente
para as apanharem em pleno voo.

Lamento a sobriedade das palavras que escrevo,
a seriedade do meu gesto,
a franqueza com que envolvo os meus actos.

Quem suspira mais alto do que eu?
Quem se transforma em pequeno pássaro
para eu, com a minha grande boca,
o agarrar pelas asas,
em pleno ar,
como as pombas atrás das folhas de Outono?




Ne pas oublier

Estou todo escrito na barriga.


Samedi, 15 Avril

Saint Paterne

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